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domingo, 22 de julho de 2012

A questão da Legalização da Maconha

"A legalização das drogas transformaria o Brasil num centro internacional de consumo, como é hoje a Holanda."
Ferreira Gullar, in: Folha de São Paulo, 10 de junho
 
FOTO: http://porcamandioca.co
É com a citação dessa grande personalidade da Língua Portuguesa que inicio esta, no mínimo, polêmica discussão, a qual consiste  na Legalização das drogas, mais especificamente, da maconha.
Lamentavelmente, campanhas a favor da liberação da droga vêm se tornando mais comuns, sejam elas expressas de forma "virtual" ou "real", o que, logicamente, mostra o aumento do número de usuários da maconha e menor incômodo da sociedade em convívio com essas manifestações, que, na verdade, vão além do Direito de Livre Expressão, já que é proibido, segundo à Legislação, a apologia de produtos ilegais. 
O aumento de usuários também foi a principal argumentação da parte a favor da liberação da maconha, que consiste da ideia de que a proibição da droga, invés de diminuir o número de fumantes, o aumentou. Para rebater essa argumentação, novamente utilizo a opinião do notável escritor acima. Segundo ele, a criminalidade é perseguida desde tempos imemoriáveis. Todavia, ela não acabou, mas sim aumentou. Tendo como conceito primordial a opinião dos favoráveis à legalização, é justo, assim, afirmar que a Justiça teria falhado e por isso deveríamos abrir mão dela. O resultado disso, e quando o digo tenho total convicção, seria um verdadeiro caos. Com o ótimo exemplo descrito do escritor, o leitor pode compreender o quão descabida é a argumentação apresentada pelos favoráveis. Novamente, segundo os favoráveis, a perseguição à droga não teria apresentado o resultado esperado, portanto deveria ser extinta. Entrementes, leitor, o fato do aumento da criminalidade e do número de usuários de drogas NÃO estão associados às respectivas proibições. O principal responsável é obvio: a precariedade educacional. E quando digo "precariedade educacional", não me refiro a níveis de escolaridade. Na verdade, o referido relaciona-se com o descaso de pais e colégios, mesmos os mais bem sucedidos economicamente, em relação à importância do caso das drogas. Tanto é, que hoje se veem até jovens de famílias mais ricas viciados em drogas mais pesadas. 
Os favoráveis também argumentam que a droga não traz dependência tampouco morte por overdose. Sim, realmente morrer de overdose fumando maconha é algo quase impossível. Contudo, o uso frequente da droga destrói neurônios, células nervosas, o que torna, entre outros efeitos, as alucinações provenientes da sua utilização permanentes. Além disso, o uso da "erva" causa SIM dependência, que é causada por uma substância encontrada na maconha e frequentemente adicionada pelos fabricantes da droga designada THC, a qual ativa o Sistema de Recompensa, sendo assim associada pelo cérebro como uma atividade prazerosa, fazendo com que o usuário busque outras vezes o alento proporcionado por ela.
Outra argumentação é (e quando a li, sinceramente, ri) que os danos da maconha são menores que dos que os provenientes de outras drogas como o álcool e tabaco. Com certeza, os efeitos do álcool e do tabaco não são menos prejudiciais do que os da maconha. Não cabe a mim propor uma discussão desnecessária, aliás, para ser decido qual é a pior droga. Na verdade, acredito que o álcool e o tabaco também deveriam ser perseguidos. Porém, creio que a  perseguição a essas drogas se dará em tempos futuros. Todavia, isso é uma outra estória, que deverá ser discutida em outra ocasião. 
Por último, contra-argumento o motivo mais cretino apresentado pelos favoráveis em relação à liberação da droga: "Todos têm o direito de fazerem o que quiserem com o próprio corpo. Nem mesmo auto-mutilação é criminalizada. Por que fumar maconha seria?[trecho retirado de: http://www.legalizacaodamaconha.org/por-que-legalizar/". Os males da maconha superam a barreira pessoal: eles destroem famílias, colaboram para o tráfico, aumentam a criminalidade e abrem as portas do usuário a piores drogas.
Concluo, assim, que a legalização da maconha traria, como consequências, vários outros problemas, além de que as argumentações apresentadas pelos favoráveis não apresentam consistência suficiente. A maioria, ainda, dos que se iludem com a argumentação dos favoráveis, não se dão nem ao menos o trabalho de questioná-las, o que é um erro mortal em todas as ocasiões. Me admiro, de forma negativa, que, infelizmente, assuntos como legalização de drogas sejam propostos  em conselhos no Supremo por políticos, cuja inteligência e cujo bom senso esperados devam superar a média, o que, lamentavelmente, não é uma verdade absoluta.

Leia o texto de Ferreira Gullar na íntegra em: http://cpg.colband.net.br/2012/06/12/drogas-qual-a-alternativa-ferreira-gullar/    
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