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domingo, 17 de junho de 2012

Do lixo à energia

Diariamente, cerca de 150 mil toneladas de lixo doméstico são coletadas em todo o país, enquanto somente 83 mil toneladas deste lixo seguem para aterros adequados. Numa era em que todos estão voltados para questões ecológicas, dados como esse são preocupantes. Porém, eles motivam a criação de projetos com o objetivo de mudar essa realidade. É o caso da USINAVERDE, uma usina termoelétrica, que transforma lixo em energia.


  A usina funciona a todo vapor 24 horas por dia e 7 dias por semana no Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 2001, ano de sua fundação, e conta com 47 funcionários divididos por turnos que dão conta das 150 toneladas de lixo urbano que chegam todos os dias do aterro da Comlurb na usina para serem transformadas em energia. Após sua chegada, ocorre a separação do material não reciclável (papel e plástico contaminados com matéria orgânica etc) do reciclável (vidros, metais, papelões etc). Posteriormente, o material reciclável é destinado para centros de reciclagem. O material não reciclável, justamente o que iria para os aterros, segue seu percurso na usina. O lixo chega a um forno pré-aquecido por gás natural a uma temperatura de 800 °C, onde é incinerado numa temperatura de aproximadamente 950°C. O vapor gerado, aciona um Turbo-gerador, gerando 600 Kw de energia elétrica em média por tonelada de lixo tratado. Mas o processo não para aí: os gases provenientes da queima do material passam por um filtro, sendo liberado apenas gás carbônico no ambiente. A água utilizada na lavagem do lixo na primeira etapa do processo USINAVERDE é depositada em tanques de decantação, onde é filtrada numa solução que envolve cinzas da própria queima do lixo, retornando, após a filtragem, para a primeira etapa. Outra parte das cinzas, que corresponde a 8% do material incinerado, é agregado cerca de 15% de cimento, sendo transformadas em tijolos. “Uma usina comercial como a nossa (...) é capaz de produzir cinzas de tal maneira que se possam fabricar tijolos para uma casa de 50m² por dia”, diz Jorge Nascimento, gerente da empresa. “A quantidade de lixo gerada por uma população é capaz de gerar energia elétrica para um terço dessa população. Ou seja, aqui no Rio de janeiro, considerando que tenhamos nove milhões de pessoas, se nós incinerássemos todo o lixo em vez de jogá-lo no aterro (...), seríamos capazes de fornecer energia elétrica para cerca de três milhões de pessoas”, ele completa.

  Muitos países investem em tecnologias como essa, como no caso do Japão, EUA e Alemanha, por exemplo. No Brasil, são raras empresas desse tipo. “Essa tecnologia é muito cara e não tem um retorno financeiro que motiva os empresários a investir nela”, diz Nascimento. 67 mil toneladas de lixo coletadas por dia no país ainda tem destino inadequado.

  Finalmente, depois de viajar por essa usina elétrica superecológica e conhecer cada passo da transformação do lixo em energia, chegamos à conclusão de que, mesmo liberando uma determinada quantidade de gás carbônico (que, teoricamente, colabora para o Efeito Estufa), o processo de obtenção de energia USINAVERDE ainda se mostra muito vantajoso para o meio ambiente e, consequentemente, para a população da região. Das usinas elétricas, esta é uma das que mais colabora com o meio ambiente, embora o custo para isso seja um tanto salgado comparado ao de outras usinas.

sábado, 16 de junho de 2012

1929: A queda do capitalismo

  O sistema democrático capitalista, atualmente, é considerado por uma grande parcela da população O Sistema Econômico Padrão. Uma quebra nesse ciclo comercial é impensável. A crise desse sistema, como ocorreu com o socialismo, impossível. No entanto, analisando a história mundial, concordamos que mesmo um Sistema Econômico que pondera até os dias atuais em quase todo o planeta pode entrar em declínio. Foi o que ocorreu em 1929.

  Após a Primeira Guerra Mundial, o cenário europeu ficou arruinado, e os Estados Unidos, os quais não se envolveram diretamente na Guerra, passaram a ser o centro econômico do mundo. A Industria Norte-Americana vivia um momento de grande otimismo: o país era responsável por 50% da produção industrial mundial, abastecendo a Europa, países latino-americanos e o próprio mercado interno. Tal processo produtivo se consolidou pelo american way of life (estilo de vida americano), uma cultura voltada para o consumo propagada pelas indústrias do país.


  Esse alto crescimento econômico levou muitas pessoas a comprarem e especularem ações das ditas empresas. Contudo, a partir 1925, as indústrias europeias começaram a se reerguerem e a capacidade de consumo dos norte-americanos passaram a ser insuficientes para atender à alta produção. Todavia, a Bolsa de Valores propiciava a especulação financeira, e a produção só crescia.




  A bolha estourou em 1928, quando as empresas foram forçadas a baratear seus produtos acumulados e demitir funcionários. Sem mercado, o preço dos produtos agrícolas, que também eram produzidos em grande escala, caíram. No ano seguinte, os acionistas procuravam desesperados vender suas ações. Porém, a ausência de compradores levou em 24 de outubro daquele ano à quebra, ou seja, à falência da Bolsa de Nova Iorque. Esse evento afetou não só os Estados Unidos, mas também todo o mundo capitalista. No Brasil, a Crise Econômica gerou queda na exportação do café, seu principal produto de exportação. O fato levou muitos cafeicultores brasileiros à falência e a cometerem suicídio.




  Durante o governo do presidente Roosevelt, eleito em 1933, foram implantadas nos Estados Unidos um conjunto de medidas para vencer a crise, o New Deal. Roosevelt fechou os bancos em crise, reformulou o sistema bancário, ofereceu empréstimos aos agricultores, trabalho aos desempregados através de obras públicas e seguro-desemprego, controlou os preços dos produtos industriais e agrícolas, legalizou os sindicatos, entre outras medidas. Tais ações levam a Industria e a Economia Norte-Americana a se reerguerem e ao presidente ser reeleito três vezes.


  Pode-se destacar a impecável reerguida dos Estados Unidos, que, diante de uma situação de derrota, conseguiu superar grandes problemas econômicos em um período de tempo curtíssimo. Convido o leitor a refletir: foram raras as vezes que o Brasil passou por crises econômicas. Poucas, ou nenhuma, delas como a que os Estados Unidos sofreu e estamos vivendo um período de vantagem econômica em relação ao resto do mundo. Por que então, Roosevelt conseguiu levantar o país em apenas um mandato e nós, com quinhentos anos de história, estamos engatinhando ainda para alcançar o desenvolvimento?
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