Google-Translate-ChineseGoogle-Translate-Portuguese to FrenchGoogle-Translate-Portuguese to GermanGoogle-Translate-Portuguese to ItalianGoogle-Translate-Portuguese to JapaneseGoogle-Translate-Portuguese to EnglishGoogle-Translate-Portuguese to RussianGoogle-Translate-Portuguese to Spanish

domingo, 12 de agosto de 2012

As mulheres machistas

Sempre há pessoas que lutam pelos direitos femininos e bradam, para quem quiser ouvir, que o mundo só está assim porque foi governado por homens por toda (quase toda) sua história. Eu não creio que tais pessoas estejam erradas. Pelo contrário. Até me considero um pouco feminista. O que me deixa desconfortável, para não descrever o seguinte com palavras menos prestigiadas no meio culto da Língua, é que boa parte das mulheres não pensa assim e que essa boa parte parece estar crescendo a cada segundo por intermédio de um movimento que alguns ousam chamar de música.
  Todo o mundo sabe que o tempo em que mulher era considerada instrumento de procriação está já enterrado no fundo do baú pelos padrões impostos pela nossa sociedade globalizada. Contudo, de instrumento reprodutor, a figura feminina vem sendo associada a objeto de prazer sexual, apenas.
  O funk, ritmo este que vem se expandindo desde meados do início do século, muitas vezes prega em suas letras (muito mal formuladas, por sinal) essa ideia tosca de que as mulheres não passam de bonecas infláveis que se movem sozinhas.
    Seu ritmo (devo admitir) singular e sua melodia "chiclete" acabam atraindo muita gente. Entretanto, a ideologia que ele deseja transmitir está lá, mesmo que escrita por um semi-analfabeto ignorante e que não tem ideia do que fala, ela está lá.
   Então vem alguém e diz: "O funk representa a Revolução Feminista do Século XXI". Ao dançarem ao som dessas melodias, as mulheres demonstram, não só concordar com o título de objeto de luxúria, como também se humilham. Não há Revolução Feminista alguma, mas sim uma Revolução Machista.
   O que me espanta também é que, desde muito jovens, as crianças estão convivendo com essas letras e a sociedade (pelo menos a sociedade suburbana, na qual sou incluído) parece achar isso normal. Essas crianças estão conhecendo a sexualidade de uma maneira muito distorcida e muito precocemente.
    Enfim, o funk é reflexo das raízes machistas da nossa nação e, por intermédio dele, podemos prever que essas raízes não serão extintas por mais uma geração.
    No mínimo.

Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Concordo com você.
    Post divulgado no Portal Teia.
    Até mais Gustavo

    ResponderExcluir
  2. Realmente ficamos muito felizes em podermos divulgar nossas ideias. E obrigado, Teia, por ajudar nisso.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Deixe sua opinião sobre o blog