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domingo, 22 de julho de 2012

O Capitalismo e o Lixo

  Embora o Capitalismo e o Lixo sejam duas coisas bastante distintas uma da outra, elas têm uma grande relação entre si: o consumo capitalista.  O Capitalismo trata-se do sistema socioeconômico predominante no planeta Terra, o qual visa, principalmente, o lucro e, consequentemente, o desenvolvimento industrial. Por conta disso, estimula o consumo no mercado que, muitas vezes, acaba por consumir além do necessário à sua sobrevivência, caso denominado “consumismo”. Se consideramos que cada produto ao final de sua “vida útil” resulta em lixo, podemos afirmar que, por conta do alto consumo, a quantidade de lixo acumulada ao final, é extremamente grande. Para ter-se uma ideia, somente no ano de 2010 no Brasil, foram geradas cerca de 195 mil toneladas de lixo por dia. Isso sem ter em conta o fato de que quanto mais desenvolvida econômicamente a nação, mais resíduos sólidos são descartados. O ambientalista Alan Their During assegura a ideia dividindo o mundo em três grupos de consumo, de acordo com seus impactos ambientais produzidos: “No topo da pirâmide está 1,1 bilhão de pessoas que andam de carro e avião, abusam dos produtos descartáveis e consomem muita comida embalada e processada. No meio, situa-se a maior parcela da população, com 3,3 bilhões de pessoas que andam de ônibus ou bicicleta, mantém um consumo frugal e se alimentam de produtos e grãos produzidos localmente. Por fim, 1,1 bilhão de indivíduos que andam a pé e não têm acesso às condições mínimas para manter a própria saúde, vivem com uma dieta irrisória de grãos e água não-potável.”  Outra consequência do consumo capitalista na produção de lixo é a obsolência programada. Criada na década de 1920 por Alfred Sloan, presidenteda General Motors, tem como objetivo a fabricação de produtos com pouca qualidade para que o mercado, movido pela necessidade, substitua-os por novos e acabe comprando sempre mais. Hoje em dia, a maioria dos produtos são fabricados a base dessa estratégia.
   Por fim, deduzimos que a gigantesca quantidade de lixo produzida está diretamente ligada ao Capitalismo, ou seja, à própria sociedade. Sendo assim, o culpado por tanto empecilho acaba por ser tanto da população por não tomar consciência do problema, quanto do governo por desconhecer leis efetivas. 

Créditos da imagem: http://migre.me/c3Tx3

A questão da Legalização da Maconha

"A legalização das drogas transformaria o Brasil num centro internacional de consumo, como é hoje a Holanda."
Ferreira Gullar, in: Folha de São Paulo, 10 de junho
 
FOTO: http://porcamandioca.co
É com a citação dessa grande personalidade da Língua Portuguesa que inicio esta, no mínimo, polêmica discussão, a qual consiste  na Legalização das drogas, mais especificamente, da maconha.
Lamentavelmente, campanhas a favor da liberação da droga vêm se tornando mais comuns, sejam elas expressas de forma "virtual" ou "real", o que, logicamente, mostra o aumento do número de usuários da maconha e menor incômodo da sociedade em convívio com essas manifestações, que, na verdade, vão além do Direito de Livre Expressão, já que é proibido, segundo à Legislação, a apologia de produtos ilegais. 
O aumento de usuários também foi a principal argumentação da parte a favor da liberação da maconha, que consiste da ideia de que a proibição da droga, invés de diminuir o número de fumantes, o aumentou. Para rebater essa argumentação, novamente utilizo a opinião do notável escritor acima. Segundo ele, a criminalidade é perseguida desde tempos imemoriáveis. Todavia, ela não acabou, mas sim aumentou. Tendo como conceito primordial a opinião dos favoráveis à legalização, é justo, assim, afirmar que a Justiça teria falhado e por isso deveríamos abrir mão dela. O resultado disso, e quando o digo tenho total convicção, seria um verdadeiro caos. Com o ótimo exemplo descrito do escritor, o leitor pode compreender o quão descabida é a argumentação apresentada pelos favoráveis. Novamente, segundo os favoráveis, a perseguição à droga não teria apresentado o resultado esperado, portanto deveria ser extinta. Entrementes, leitor, o fato do aumento da criminalidade e do número de usuários de drogas NÃO estão associados às respectivas proibições. O principal responsável é obvio: a precariedade educacional. E quando digo "precariedade educacional", não me refiro a níveis de escolaridade. Na verdade, o referido relaciona-se com o descaso de pais e colégios, mesmos os mais bem sucedidos economicamente, em relação à importância do caso das drogas. Tanto é, que hoje se veem até jovens de famílias mais ricas viciados em drogas mais pesadas. 
Os favoráveis também argumentam que a droga não traz dependência tampouco morte por overdose. Sim, realmente morrer de overdose fumando maconha é algo quase impossível. Contudo, o uso frequente da droga destrói neurônios, células nervosas, o que torna, entre outros efeitos, as alucinações provenientes da sua utilização permanentes. Além disso, o uso da "erva" causa SIM dependência, que é causada por uma substância encontrada na maconha e frequentemente adicionada pelos fabricantes da droga designada THC, a qual ativa o Sistema de Recompensa, sendo assim associada pelo cérebro como uma atividade prazerosa, fazendo com que o usuário busque outras vezes o alento proporcionado por ela.
Outra argumentação é (e quando a li, sinceramente, ri) que os danos da maconha são menores que dos que os provenientes de outras drogas como o álcool e tabaco. Com certeza, os efeitos do álcool e do tabaco não são menos prejudiciais do que os da maconha. Não cabe a mim propor uma discussão desnecessária, aliás, para ser decido qual é a pior droga. Na verdade, acredito que o álcool e o tabaco também deveriam ser perseguidos. Porém, creio que a  perseguição a essas drogas se dará em tempos futuros. Todavia, isso é uma outra estória, que deverá ser discutida em outra ocasião. 
Por último, contra-argumento o motivo mais cretino apresentado pelos favoráveis em relação à liberação da droga: "Todos têm o direito de fazerem o que quiserem com o próprio corpo. Nem mesmo auto-mutilação é criminalizada. Por que fumar maconha seria?[trecho retirado de: http://www.legalizacaodamaconha.org/por-que-legalizar/". Os males da maconha superam a barreira pessoal: eles destroem famílias, colaboram para o tráfico, aumentam a criminalidade e abrem as portas do usuário a piores drogas.
Concluo, assim, que a legalização da maconha traria, como consequências, vários outros problemas, além de que as argumentações apresentadas pelos favoráveis não apresentam consistência suficiente. A maioria, ainda, dos que se iludem com a argumentação dos favoráveis, não se dão nem ao menos o trabalho de questioná-las, o que é um erro mortal em todas as ocasiões. Me admiro, de forma negativa, que, infelizmente, assuntos como legalização de drogas sejam propostos  em conselhos no Supremo por políticos, cuja inteligência e cujo bom senso esperados devam superar a média, o que, lamentavelmente, não é uma verdade absoluta.

Leia o texto de Ferreira Gullar na íntegra em: http://cpg.colband.net.br/2012/06/12/drogas-qual-a-alternativa-ferreira-gullar/    

sábado, 14 de julho de 2012

Da Roma Antiga aos Dias Atuais: A supremacia da Política do Pão e Circo

No Período do Império Romano, estabeleceu-se um Modelo Político com objetivo de desviar o foco da população dos problemas políticos e socioeconômicos enfrentados pelo Império. Tal Modelo consistia na elaboração de espetáculos com acesso gratuito à Plebe e aos Patrícios, camadas sociais predominantes na Roma Antiga, onde distribuía-se alimento aos menos favorecidos. Consistindo, dessa forma, uma estratégia do Estado Romano muito eficiente para o desvio do foco da Plebe aos problemas, sobretudo sociais, por esta sofridos. 
O Coliseu era utilizado na Roma Antiga para realização de espetáculos.


O tempo passa e os costumes permanecem. A Política do Pão e Circo resistiu a mais de dois mil anos, sendo hoje a base para permanência em cargos políticos para muitos dos governantes existentes hoje no Brasil. Aproveitando-se da ignorância da população, membros do Estado investem em eventos culturais e esportivos, a fim de bloquear as atenções populares de problemas no Sistema de Saúde e Educação, entre outros, e manterem seus cargos. O baixo investimento em educação também é mantido como forma de fazer com que esse modelo não quebre, já que a base para esse sistema é a ignorância popular. Além disso, o problema da baixa escolaridade também colabora com o sucesso de meios informativos e musicais sensacionalistas, por exemplo, em relação aos mesmos meios apresentados de forma inteligente e instrutiva, acentuando a ignorância popular.
Mas como resolver esse problema?
A resolução desse ciclo parece estar fora do alcance de uma pessoa. Sim, concordo que está fora do alcance de uma pessoa. Entrementes, devemos ter a consciência que a Política se faz mais pela força da população do que por um número reduzido de políticos. Isso tornou-se claro com o "impeachment" do ex-presidente Collor, o qual tornou-se possível pela manifestação de milhares de estudantes contra o político. 
Por isso nossos braços não devem permanecer cruzados ao assistirmos nosso país servir de paraíso para corruptos sustentados por nossos altos impostos pagos, os quis esperamos que sejam retornados para nós em forma de desenvolvimento, enquanto nossa sociedade sofre as consequências disso. 
Convido, então, o leitor a comentar propondo outras soluções para os problemas socioeconômicos do nosso país. Afinal, apontar o problema, mesmo que seja a base para sua solução, é fácil. Mas o que realmente muda as situações são as soluções e as atitudes.

domingo, 17 de junho de 2012

Do lixo à energia

Diariamente, cerca de 150 mil toneladas de lixo doméstico são coletadas em todo o país, enquanto somente 83 mil toneladas deste lixo seguem para aterros adequados. Numa era em que todos estão voltados para questões ecológicas, dados como esse são preocupantes. Porém, eles motivam a criação de projetos com o objetivo de mudar essa realidade. É o caso da USINAVERDE, uma usina termoelétrica, que transforma lixo em energia.


  A usina funciona a todo vapor 24 horas por dia e 7 dias por semana no Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 2001, ano de sua fundação, e conta com 47 funcionários divididos por turnos que dão conta das 150 toneladas de lixo urbano que chegam todos os dias do aterro da Comlurb na usina para serem transformadas em energia. Após sua chegada, ocorre a separação do material não reciclável (papel e plástico contaminados com matéria orgânica etc) do reciclável (vidros, metais, papelões etc). Posteriormente, o material reciclável é destinado para centros de reciclagem. O material não reciclável, justamente o que iria para os aterros, segue seu percurso na usina. O lixo chega a um forno pré-aquecido por gás natural a uma temperatura de 800 °C, onde é incinerado numa temperatura de aproximadamente 950°C. O vapor gerado, aciona um Turbo-gerador, gerando 600 Kw de energia elétrica em média por tonelada de lixo tratado. Mas o processo não para aí: os gases provenientes da queima do material passam por um filtro, sendo liberado apenas gás carbônico no ambiente. A água utilizada na lavagem do lixo na primeira etapa do processo USINAVERDE é depositada em tanques de decantação, onde é filtrada numa solução que envolve cinzas da própria queima do lixo, retornando, após a filtragem, para a primeira etapa. Outra parte das cinzas, que corresponde a 8% do material incinerado, é agregado cerca de 15% de cimento, sendo transformadas em tijolos. “Uma usina comercial como a nossa (...) é capaz de produzir cinzas de tal maneira que se possam fabricar tijolos para uma casa de 50m² por dia”, diz Jorge Nascimento, gerente da empresa. “A quantidade de lixo gerada por uma população é capaz de gerar energia elétrica para um terço dessa população. Ou seja, aqui no Rio de janeiro, considerando que tenhamos nove milhões de pessoas, se nós incinerássemos todo o lixo em vez de jogá-lo no aterro (...), seríamos capazes de fornecer energia elétrica para cerca de três milhões de pessoas”, ele completa.

  Muitos países investem em tecnologias como essa, como no caso do Japão, EUA e Alemanha, por exemplo. No Brasil, são raras empresas desse tipo. “Essa tecnologia é muito cara e não tem um retorno financeiro que motiva os empresários a investir nela”, diz Nascimento. 67 mil toneladas de lixo coletadas por dia no país ainda tem destino inadequado.

  Finalmente, depois de viajar por essa usina elétrica superecológica e conhecer cada passo da transformação do lixo em energia, chegamos à conclusão de que, mesmo liberando uma determinada quantidade de gás carbônico (que, teoricamente, colabora para o Efeito Estufa), o processo de obtenção de energia USINAVERDE ainda se mostra muito vantajoso para o meio ambiente e, consequentemente, para a população da região. Das usinas elétricas, esta é uma das que mais colabora com o meio ambiente, embora o custo para isso seja um tanto salgado comparado ao de outras usinas.

sábado, 16 de junho de 2012

1929: A queda do capitalismo

  O sistema democrático capitalista, atualmente, é considerado por uma grande parcela da população O Sistema Econômico Padrão. Uma quebra nesse ciclo comercial é impensável. A crise desse sistema, como ocorreu com o socialismo, impossível. No entanto, analisando a história mundial, concordamos que mesmo um Sistema Econômico que pondera até os dias atuais em quase todo o planeta pode entrar em declínio. Foi o que ocorreu em 1929.

  Após a Primeira Guerra Mundial, o cenário europeu ficou arruinado, e os Estados Unidos, os quais não se envolveram diretamente na Guerra, passaram a ser o centro econômico do mundo. A Industria Norte-Americana vivia um momento de grande otimismo: o país era responsável por 50% da produção industrial mundial, abastecendo a Europa, países latino-americanos e o próprio mercado interno. Tal processo produtivo se consolidou pelo american way of life (estilo de vida americano), uma cultura voltada para o consumo propagada pelas indústrias do país.


  Esse alto crescimento econômico levou muitas pessoas a comprarem e especularem ações das ditas empresas. Contudo, a partir 1925, as indústrias europeias começaram a se reerguerem e a capacidade de consumo dos norte-americanos passaram a ser insuficientes para atender à alta produção. Todavia, a Bolsa de Valores propiciava a especulação financeira, e a produção só crescia.




  A bolha estourou em 1928, quando as empresas foram forçadas a baratear seus produtos acumulados e demitir funcionários. Sem mercado, o preço dos produtos agrícolas, que também eram produzidos em grande escala, caíram. No ano seguinte, os acionistas procuravam desesperados vender suas ações. Porém, a ausência de compradores levou em 24 de outubro daquele ano à quebra, ou seja, à falência da Bolsa de Nova Iorque. Esse evento afetou não só os Estados Unidos, mas também todo o mundo capitalista. No Brasil, a Crise Econômica gerou queda na exportação do café, seu principal produto de exportação. O fato levou muitos cafeicultores brasileiros à falência e a cometerem suicídio.




  Durante o governo do presidente Roosevelt, eleito em 1933, foram implantadas nos Estados Unidos um conjunto de medidas para vencer a crise, o New Deal. Roosevelt fechou os bancos em crise, reformulou o sistema bancário, ofereceu empréstimos aos agricultores, trabalho aos desempregados através de obras públicas e seguro-desemprego, controlou os preços dos produtos industriais e agrícolas, legalizou os sindicatos, entre outras medidas. Tais ações levam a Industria e a Economia Norte-Americana a se reerguerem e ao presidente ser reeleito três vezes.


  Pode-se destacar a impecável reerguida dos Estados Unidos, que, diante de uma situação de derrota, conseguiu superar grandes problemas econômicos em um período de tempo curtíssimo. Convido o leitor a refletir: foram raras as vezes que o Brasil passou por crises econômicas. Poucas, ou nenhuma, delas como a que os Estados Unidos sofreu e estamos vivendo um período de vantagem econômica em relação ao resto do mundo. Por que então, Roosevelt conseguiu levantar o país em apenas um mandato e nós, com quinhentos anos de história, estamos engatinhando ainda para alcançar o desenvolvimento?
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